As Disputas entre Católicos e Liberais
Em
1946, já no fim do estado novo e durante o governo provisório, a lei orgânica
do ensino primário organizou esse nível de ensino com diretrizes gerais, que
continuou a ser de responsabilidade dos estados, organizou o ensino primário
supletivo, com duração de dois anos, destinado a adolescente a partir dos 13
anos e adultos, a legislação de ensino agrícola e criou o serviço nacional de
aprendizagem comercial (SENAC).
Com
o fim do estado novo, surgiu a união na adoção de uma nova constituição de
caráter liberal e democrático. Esta nova
constituição, na área da educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o
ensino primário e dá competência a união para legislar sobre diretrizes e bases
da educação nacional. Com isso, a nova constituição fez voltar á prática de que
a educação é direito de todos, inspirada nos princípios proclamados pelos
pioneiros, no manifesto pela educação nova, nos primeiros anos da década de 30.
Baseadas
nas doutrinas emanadas pela carta magna de 1946, o ministro clemente Mariani,
cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da
educação nacional. Esta comissão, presidida pelo aducador Lourenço filho, era
organizada em três subcomissões, uma para o ensino primário, uma para o ensino
médio e outra para o ensino superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi
encaminhado à câmara federal, dando inicio a uma luta ideológica em torno das
propostas apresentadas. Num primeiro
momento as discussões estavam voltadas as interpretações contraditórias das propostas
constitucionais. Num momento posterior, após a apresentação de um substituivo
do deputado Carlos Lacerda, as discussões mais marcantes relacionaram-se a
questão da responsabilidade do estado quanto a educação, inspirados nos
educadores da velha geração de 1930, e a participação das instituições privadas
de ensino.
Depois
de 13 anos de acirradas discussões foi promulgada a lei 4.024, em 20 de
dezembro de 1961, prevalecendo as reindivicações da igreja católica e dos donos
de estabelecimento particulares de ensino no confronto com os que defendiam o
monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros.
A LDB de 1961
Diante
da instabilidade política na época, o projeto de lei de diretrizes e bases da
educação nacional (LDBEN), foi embargado durante anos.
O
projeto foi levado ao congresso em 1948, porém arquivado em 1949. Depois de várias
tentativas, já em 1957, Carlos Lacerda trouxe para o congresso ideias
direcionadas aos donos de escolas privadas, o que favorecia claramente os
interesses dos mesmos. Após vários debates e acordos políticos em 1961 o
projeto finalmente foi aprovado e sansionado pelo presidente João Goulart, que
por sua vez conciliava os dois lados da disputa. A LDB ficou Conhecida como lei
nº 4.024/61, lei essa que garantia a igualdade das redes públicas e
particulares por parte do poder público, ou seja, verbas públicas poderiam ir
para escolas privadas.
O conflito entre a escola pública e a escola
particular era predominante, os católicos defendiam a liberdade de ensino e de
escolha das famílias, a democracia, pois se o país era na maioria católico, a
educação também deveria ser. A falta de religião na educação conduziria aos
piores males da sociedade era necessário a recristianizaçao da sociedade. A
pessoa não poderia pagar duas vezes pelo mesmo serviço, um exemplo era pagar os
impostos cobrados pela escola publica e pagar também mensalidades do ensino
particular. Por sua vez também havia as três correntes de defesa da escola
publica, a liberal-idealista que atribuía a educação o papel de formar o
individuo autônomo, sem considerar as condições sociais em que vive. A segunda
era a liberal-pragmatica que entendia que o papel da educação era ajustar os
indivíduos a realidade socail em mudanças. A terceira se caracterizava como
corrente socialista que procurava compreender a educação a partir dos
determinantes sociais.
A Ditadura Civil Militar (1964-1985)
e a Educação
O Período
conhecido no Brasil, como ditadura militar marcou a forma de ensino, começando
pelas privatizações do ensino, o tecnicismo pedagógico e a exclusão das massas
da educação de qualidade. O ensino
profissionalizante cresceu bastante com o SENAI , SENAC enquanto que o ensino
formador de opinião ficou estagnado pela opressão militar da época. Foi durante
a ditadura que se promulgaram as reformas do ensino universitário e do ensino
médio.
O
ministério da educação passou a vincular a escola ao mercado de trabalho, o
ensino médio deveria ser destinado às massas, enquanto o ensino superior
reservado as elites. No campo educacional, o desafio é a educação para todos e
permanente com a universalização da educação porque não bastava apenas adquirir
as primeiras letras, mas ter condições de estudar numa escola sem fim. Escola
essa que pode sempre esta se reinventando, pois novas tecnologias surgem a todo
momento, eliminando e criando novas profissões. Ressalto ainda que todos esses
processos de mudança,acaba por extinguir as profissões, esse excesso de transformações
trazem reflexos para a educação e nem sempre serão positivos. pois , bem
contudo o papel da educação continua sendo direcionar o cidadão a educação e ao ensino superior.
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