segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Educação no Século XXI Entre Avanços e Retrocessos


                                       A Educação no Século XXI

                                        Entre Avanços e Retrocessos
No governo de Fernando Henrique Cardoso que privatizou o Estado, a educação virou um serviço mercantil.No Governo do Luis Inácio da Silva,houve a retomada da agenda do desenvolvimento, alteração da política externa  e com uma postura duvidosa diante as privatizações, recuperação relativa do Estado na sua face social, redução do desemprego.
De um lado, manifestam-se segmentos dos grupos dominantes, de outro o apoio de grupos marginalizados que sentem a melhora em suas vidas.
O Governo Lula não levou adiante nenhum projeto educacional que o colocasse de forma contrária aos interesses burgueses.
A Educação nunca foi algo de fundamental importância no Brasil, e muitos esperavam que isso mudasse com a convocação da Assembléia Nacional Constituinte.
Mas a Constituição promulgada em 1988 confirmando que a Educação é tida como assunto menor, não alterou a situação.(Fernandes, apud, Frigotto,2011,p. 243).
Mudanças dentro da:
- Criação de novas universidades públicas, mantidas pelo Estado;
- Educação de jovens, adultos, população, população indigina e afrodescendente;
- Apoio ao projeto pedagógico desenvolvido pelo MST;
- Criação do fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica e valorização dos profissionais da educação(FUNDEB);
- Piso nacional para o magistério da educação básica;
- PROUNI para jovens carentes;
- REUNI amplia a carreira docente com aumento da carga de trabalho;
- EAD substituição ao ensino presencial em crescente expansão.

A Educação diante do avanço neoliberal


A Educação Diante do Avanço Neoliberal

O Termo liberalismo define as idéias, teorias ou doutrinas que dão primazia á liberdade individual e rejeitam qualquer tipo de correção do grupo ou do estado sobre os indivíduos.
No plano economico, o liberalismo teve influência no desenvolvimento do capitalismo do século XIX. 
O estado não poderia intervir na aréa economica, surgiu em alguns países da europa e dos estados unidos. 
No Brasil começou a ser seguido de forma aberta no governo do presidente Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. O lema aprender a aprender, remete ao núcleo das idéias pedagógicas escolanavistas, onde o papel do professor deixa de ser o que ensina, para ser o que auxilia o seu aluno no processo de aprendizagem.
Essa visão propagnou-se na década de 1990 ela defende a valorização dos mecanismos de mercado, considerando a escola como empresa.  Abertura de faculdade e cursos guiados pelos interesses do mercado, exclusão includente do trabalhador do  mercado informal, inclusão excludente dos alunos no sistema escolar.

O Fim do ciclo militar e a manutenção da Hegemonia Burguesa

O Fim do Ciclo Militar e a Manutenção da Hegemonia Burguesa

Após a decadência da ditadura militar que iniciou em 1964 e terminou em 1985 onde sofreu com a censura a liberdade de expressão, taxas de inflação alta, houve o processo de democratização através da campanha das diretas JÁ. Através da população que saiu às ruas, Tancredo Neves foi eleito em 1985, não assumiu a presidência devido a sua morte, tomando posse o vice José Sarney.
Constituição de 1988 estabeleceu a democracia. Dando direito a greve, ao seguro desemprego, liberdade sindical, direito de voto aos analfabetos, votos facultativos para maiores de 65 anos, e jovens de 16 a 17 anos. A redução de 5 para 4 anos do mandato de presidente. Art. 205. Da constituição federal, diz A educação, e o direito de todos e dever do estado e da família será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

A Nova LDB

A criação da LDB foi em 1961, seguida por uma versão em 1971, que vigorou até a promulgação da mais recente em 1996. Baseada no principio do direito universal a educação para todos os LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores, como a inclusão da educação infantil (creches e pré - escolas). Na primeira etapa da educação básica.



A Educação pós 1945


As Disputas entre Católicos e Liberais

Em 1946, já no fim do estado novo e durante o governo provisório, a lei orgânica do ensino primário organizou esse nível de ensino com diretrizes gerais, que continuou a ser de responsabilidade dos estados, organizou o ensino primário supletivo, com duração de dois anos, destinado a adolescente a partir dos 13 anos e adultos, a legislação de ensino agrícola e criou o serviço nacional de aprendizagem comercial (SENAC).
Com o fim do estado novo, surgiu a união na adoção de uma nova constituição de caráter  liberal e democrático. Esta nova constituição, na área da educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e dá competência a união para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Com isso, a nova constituição fez voltar á prática de que a educação é direito de todos, inspirada nos princípios proclamados pelos pioneiros, no manifesto pela educação nova, nos primeiros anos da década de 30.
Baseadas nas doutrinas emanadas pela carta magna de 1946, o ministro clemente Mariani, cria uma comissão com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação nacional. Esta comissão, presidida pelo aducador Lourenço filho, era organizada em três subcomissões, uma para o ensino primário, uma para o ensino médio e outra para o ensino superior. Em novembro de 1948 este anteprojeto foi encaminhado à câmara federal, dando inicio a uma luta ideológica em torno das propostas apresentadas.  Num primeiro momento as discussões estavam voltadas as interpretações contraditórias das propostas constitucionais. Num momento posterior, após a apresentação de um substituivo do deputado Carlos Lacerda, as discussões mais marcantes relacionaram-se a questão da responsabilidade do estado quanto a educação, inspirados nos educadores da velha geração de 1930, e a participação das instituições privadas de ensino.
Depois de 13 anos de acirradas discussões foi promulgada a lei 4.024, em 20 de dezembro de 1961, prevalecendo as reindivicações da igreja católica e dos donos de estabelecimento particulares de ensino no confronto com os que defendiam o monopólio estatal para a oferta da educação aos brasileiros.

A LDB de 1961

Diante da instabilidade política na época, o projeto de lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN), foi embargado durante anos.
O projeto foi levado ao congresso em 1948, porém arquivado em 1949. Depois de várias tentativas, já em 1957, Carlos Lacerda trouxe para o congresso ideias direcionadas aos donos de escolas privadas, o que favorecia claramente os interesses dos mesmos. Após vários debates e acordos políticos em 1961 o projeto finalmente foi aprovado e sansionado pelo presidente João Goulart, que por sua vez conciliava os dois lados da disputa. A LDB ficou Conhecida como lei nº 4.024/61, lei essa que garantia a igualdade das redes públicas e particulares por parte do poder público, ou seja, verbas públicas poderiam ir para escolas privadas.
 O conflito entre a escola pública e a escola particular era predominante, os católicos defendiam a liberdade de ensino e de escolha das famílias, a democracia, pois se o país era na maioria católico, a educação também deveria ser. A falta de religião na educação conduziria aos piores males da sociedade era necessário a recristianizaçao da sociedade. A pessoa não poderia pagar duas vezes pelo mesmo serviço, um exemplo era pagar os impostos cobrados pela escola publica e pagar também mensalidades do ensino particular. Por sua vez também havia as três correntes de defesa da escola publica, a liberal-idealista que atribuía a educação o papel de formar o individuo autônomo, sem considerar as condições sociais em que vive. A segunda era a liberal-pragmatica que entendia que o papel da educação era ajustar os indivíduos a realidade socail em mudanças. A terceira se caracterizava como corrente socialista que procurava compreender a educação a partir dos determinantes sociais.

A Ditadura Civil Militar (1964-1985) e a Educação

O Período conhecido no Brasil, como ditadura militar marcou a forma de ensino, começando pelas privatizações do ensino, o tecnicismo pedagógico e a exclusão das massas da educação de qualidade.  O ensino profissionalizante cresceu bastante com o SENAI , SENAC enquanto que o ensino formador de opinião ficou estagnado pela opressão militar da época. Foi durante a ditadura que se promulgaram as reformas do ensino universitário e do ensino médio.
O ministério da educação passou a vincular a escola ao mercado de trabalho, o ensino médio deveria ser destinado às massas, enquanto o ensino superior reservado as elites. No campo educacional, o desafio é a educação para todos e permanente com a universalização da educação porque não bastava apenas adquirir as primeiras letras, mas ter condições de estudar numa escola sem fim. Escola essa que pode sempre esta se reinventando, pois novas tecnologias surgem a todo momento, eliminando e criando novas profissões. Ressalto ainda que todos esses processos de mudança,acaba por extinguir as profissões, esse excesso de transformações trazem reflexos para a educação e nem sempre serão positivos. pois , bem contudo o papel da educação continua sendo direcionar o cidadão a educação  e ao ensino superior.






domingo, 21 de junho de 2015

Educação Brasileira da Primeira República

A Educação Brasileira

A Revolução de 1930 e a Educação

Até 1930 o poder se alternava entre os produtores de leite de minas gerais e os produtores do café de São Paulo, era chamada politica do café com leite. As famílias ricas viam na educação a forma de assegurar um futuro melhor para seus filhos e para manter o poder que eles adquiriram ao longo do tempo, mas a burguesia que estava se fortalecendo lutava para tornar a educação acessível a mais pessoas com o propósito de diminuir o poder das elites agrárias,
As Reformas educacionais tiveram relação com três correntes pedagógicas da época,cada uma representava os interesses e anseios de classes destintos da sociedade.
-Pedagógia Tradicional
-Pedagogia Nova
-Pedagógia Libertária
A Pedagógia tradicional teve raízes na educação jesuítica e seus defensores eram as elites conservadoras do país. a característica finfamental dessa corrente era a preparação intelectual e moral dos alunos, ela também era focada na trasmissão de conhecimento, onde o professor é o foco das atenções, aonde ele sabe, ele transmite, ele conhece, porém não se preocupa se vai haver a assimilação por parte do aluno.
A Pedagógia Nova assimilou experiências do começo do século XX, ocorrido nos EUA e na europa dá enfase aos metodos de ensino aprendizagem colocando a criança no centro do ensino edicacional, onde o professor é um facilitador da aprendizagem, onde o importante era experimentar, descobrir. Nessa pedagógia modelo da europa, o aluno passa a ser o foco da atençaõ. a construção do conhecimento atraves da descoberta. 
A Pedagógia Libertária reuniu em torno de si quem era na educação o meio de transformar as relações sociais e economicos rumo a uma sociedade igualitária.
chegou aos pais com os imigrantes europeus e proliferou-se junto ao proletariado urbano no começo do século XX. o foco é analisar e refletir sobre os problemas sociais que estão acontecendo, sobre que importancia tem esses problemas, como pode ser mudado. o conhecimento construido a partir dos problemas sociais, a escola trabalha com esses problemas refletindo as causas e as consequencias e buscando a solução para esses problemas é a escola que aproxima o aluno mais próximo da realidade.

A Educação no Império

A Educação no Império





A Independência do Brasil (1822)

Com a independência, a aristocracia proprietária de terras consolidou suas vantagens conquistadas com a abertura dos portos. Questionamentos sobre a prioridade da educação surgiram, trazendo dúvidas sobre as condições para universalizar a educação.

Brasil Império em (1822- 1889)

Surgiu às primeiras tentativas para organizar a educação, de uma maneira contraditória a classe dominante exercia um poder e tinha um discurso de caráter nacional, liberal e popular, exclusivamente sobre a instrução pública.
A presença do estado na educação simplesmente não existia, vivia numa sociedade escravagista, autoritária instruída para atender apenas a uma minoria encarregada do controle sobre as novas gerações. No projeto constitucional de 1823 no Art. 250 fica sansionado que devera existir nas escolas primárias ginásios em cada comarca e universidades nos mais apropriados locais. No Art. 254 fica sansionado que todos deverão ter igualmente cuidados de criar estabelecimentos para a catequese, e civilização dos índios, emancipação lenta dos negros, e sua educação religiosa, e industrial. 
O liberalismo e conservadorismo eram faces de uma mesma moeda para a aristocracia brasileira. No Art. 265. A constituição reconheceu os contratos entre senhores e escravos, e o governo os mantinha sobre seu controle. A dissolução da constituinte pelo golpe de estado de 12 de novembro de 1823 apresentou um desdobramentos  causando o esquecimento das propostas no campo da educação.
A constituição outorgada em 1824, durou durante o período imperial destacou-se com respeito a educação, ´´ a instrução primaria é gratuita para todos os cidadãos`` , pois bem. Quem poderia ser considerado cidadão numa época e numa sociedade tão cruel e ignorante. De nada valeu a constituição de 1824, pois não alterou a real situação da educação, simplesmente não foi apresentado meio para o seu cumprimento. O Art. 179 que respeitava e dizia que a instrução primaria gratuita deveria ser garantida a todos os súditos do imperador, não teve êxito por falta de recursos. Uma nova lei foi criada dando amplo poder de liberdade aos estabelecimentos de novas instituições de ensino, o que motivou por completo a criação de escolas particulares por todo o país.
Em 1827 um projeto que se limitava ao ensino das primeiras letras, no dia 15 de outubro deu origem à lei que liberava e mandava criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do império. A intenção era induzir uma sintonia com o espírito da época, difusão das luzes do conhecimento em todos os povoados, a intensao era atingir com rapidez e a baixo custo o maior numero de alunos. A mesma lei aprovava a ideia de que os presidentes da província definiriam os ordenados dos professores, as escolas deviam ser de ensino mutuo, ou seja, os professores que não tivessem formação não deveriam ficar a frente do ensino, havia o incentivo para que o mesmo providencia-se a sua própria preparação em curto prazo e as próprias custas.

Ensino mútuo e seus resultados no Brasil

A instrução popular simplesmente tropeçava sobre as condições materiais do país, pois o governo dizia estar preocupado, porem nada fazia para providenciar as condições necessárias para levar a instrução aos mais necessitados, fundando escolas e prontificando a qualificação dos professores. Pequenas mudanças são realizadas, como a criação dos cursos jurídicos em São Paulo e Olinda (1827). Estruturação dos cursos médicos cirúrgicos da Bahia e do rio de janeiro em faculdade (1832).
O ato adicional de 1834 e a regência 1831-1840 fruto de um momento tomado pelas mudanças e agitações políticas, o ato adicional veio com a intenção de estabelecer um meio termo entre a centralização e monarquia federativa. Foi só um meio que encontraram para legalizar a omissão do poder central na questão da educação.
Desdobramentos do ato adicional, após a reforma da constituição a atuação direta do poder central no campo dos estudos primários e secundários limitou-se ao município da corte. Por outro lado abstiveram-se as províncias de criar estabelecimentos superiores, conservando o poder central de fato, o monópolio dos estudos maiores. Quanto ao ensino público secundário, o poder central supervisionaria diretamente as aulas avulsas da corte, extintas em fins de 1857, o colégio de Pedro II as aulas preparatórias anexas aos cursos jurídicos de são Paulo e Olinda e, ate certo ponto o ensino ministrado nos seminários episcopais. Tendo o monopólio do ensino superior, o poder central exerceria indiretamente o controle do ensino secundário de todo o império, por meio dos chamados exames preparatórios.
Após o ato adicional de 1834, finalmente cada província passava a responder pelas diretrizes e pelo funcionamento das suas escolas de ensino elementar e secundário.  Para atender a demanda de docentes, saíram os decretos para criação das primeiras escolas normais no Brasil, com o objetivo preparar professores para oferecer a instrução de primeiras letras.
Em 1837 o governo central propunha o colégio de Pedro II como estabelecimento modelo dos estudos secundários. A nota dominante do ensino secundário brasileiro no império sera, certamente, seu caráter fragmentário e inarticulado. Com uma função preparatória, os estudos secundários ficaram reduzidos às exigências dos exames preparatórios estabelecidos pelo governo central. O ensino secundário seriado, desenvolvido em curso de duração regular, foi cedendo lugar a um ensino secundário parcelado, irregular e de curta duração.
O objetivo do ensino secundário era preparar para o ingresso na educação superior, já na educação média, a arte de se expressar era bem vista e até mais importante do que a criatividade do individuo.

Reformas Couto Ferraz- 1854

A reforma Couto Ferraz foi uma estratégia política para promover a civilização da população por meio da escola e ao mesmo tempo um meio de reforçar os laços entre o estado e os cidadãos e súditos do império. Também instruía práticas gerais relacionadas ao ensino público e particular.

Reformas Leôncio de Carvalho – 1879

A Reforma Leôncio Carvalho (1789), mantinha a obrigatoriedade do ensino primário dos 7 aos 14 anos, Art. 2.
Ainda que apresentasse novidades, as condições políticas e materiais impediram sua efetivação. A lei determinava a liberdade de ensino, frequência, credo religiosa, a criação de escolas normais e o fim da proibição da matricula de escravos.
O método intuitivo, conhecido como lições de coisas, foi criado com o intuito de resolver o problema da ineficiência do ensino diante de sua inadequação as exigências sociais decorrentes da revolução industrial que se processou entre o final do século XVIII e meados do século XIX.  A revolução industrial possibilitou a produção de novos materiais didáticos como suporte físico do novo método de ensino. A questão da materialização de um sistema educacional no brasil do século XIX não foi resolvida por, ausência de condições materiais decorrentes da condição insuficiente do financiamento do ensino, hegemonia de uma ideologia liberal que afastava do estado do âmbito educativo.








A Educação no Brasil

A Educação no Brasil

Colonização, catequese e o monopólio

O processo de colonização no Brasil se caracteriza por uma forma coerente de ser, porém sem harmônia.  Esse processo de civilização se limita a 3 pilares; colonização, educação e catequese esses três momentos é de suma importância para a história. Colo (do latim eu moro, eu ocupo, eu trabalho, eu cultivo,eu cuido, eu mando,eu quero bem, eu  protejo). E do supino cultum (o que vai trabalhar ou cultivar, tanto a terra quanto o ser humano, similar a paidéia grega). Desse modo a colonização enquanto exercia a posse e explorava a terra (colo), e no segundo aspecto se refere à educaçao enquanto aculturação, ou seja, a inculcação nos colonizados das práticas, técnicas, símbolos e valores próprios dos colonizadores (colo,cultum), e no terceiro momento trás a tona também a catequese, entendida como difusão e conversão dos colonizados- os silvícolas a dos colonizadores (colo, cultum). Esses três processos foram de extrema relevância e marcaram de maneira espiritual e material a posse e o mando português nas terras brasileiras.
Algumas questões históricas podem ser consideradas como fundamentais para esse processo de difusão como, 1. Que apesar das divergências, a nobreza e a burguesia portuguesa do século XVI compactuavam do mesmo interesse expansionista, que não era possível de ocorrer no âmbito do continente europeu,mas viável como expansão ultramarina pela posição geográfica privilegiada de Portugal. 2. Que a expansão não gerou o empoderamento político da burguesia portugeusa, isto gerou sérias tensões entre a burguesia mercantil, que lucrava com a expansão e a nobreza buscou através de mecanismos políticos e religiosos frear a burguesia ao identificá-la aos cristãos novos. Esse desenrolar político teve vários resultados econômicos, entre os quais a redução da estratégia econômica, a exploração colonialista e a inexistência do  protencionismo industrial.
Assim, diferente da frança e da Inglaterra, o colonialismo português não contribuiu para o processo de acumulação capitalista deste país, antes serviu como obstáculo. É nesse contexto de colonização desvinculada da acumulação capitalista, e com forte articulação da nobreza com a igreja católica, que se processa as primeiras ações educativas na colônia brasileira.  Isso permite compreender, entre outras coisas, a estreita interação da educação com a catequese, que foi utilizada como estratégia ideológica para buscar e acentuar as semelhanças com a intenção de apagar as diferenças, num processo de aculturação e de dominação cultural baseado nas praticas institucionalizadas.

A educação colonial e suas quatro fases

A palavra colonização, colônia, colono e suas variantes tem duplo significado,o cultivo da terra e ao trabalho de formação humana. Essa manifestação preliminar de educação desencadeou um processo de aculturação instaurada no âmbito do processo de colonização.
1º Período heróico (1549 -1570) que corresponde a produção de Pe. Manuel da Nóbrega, onde se destaca a preocupação pedagógica com as especifidades da colônia.
2º Período da Ratio Studiorum (1570-1759) que expressa a aplicação dos ideiais,valores e práticas, presentes no plano geral de estudos da companhia de Jesus, organizado pela ordem religiosa, através da análise das práticas educacionais consideradas positivas nos colégios já implementados por esses religiosos. A base filosófica desse plano geral é o tomismo, centrada em uma visão essencialista de homem. Nessa fase se delineia a vertente religiosa da pedagogia tradicional brasileira.
3º período pombalino (1759-1808) A reforma pombalina expressa a influência do iluminismo no pensamento da elite portuguesa e o surgimento do estado como ente responsável pela educação pública. Esse momento representa o fechamento dos colégios jesuítas no Brasil e as introduções das aulas regiam que deveriam ser mantidas pela coroa através do subsidio literário (aprovado em 1772). Essa iniciativa não logrou êxito por vários fatores entre eles, a escassez de mestres, a insuficiencia de recursos financeiros, o cenario político através da denominada viradeira de dona Maria I e o isolamento cultural português que temia que a educaçao difundisse os ideais de emancipação nacional.
4º período Joanino (1808-1822) que representa a vinda da família real para o Brasil, como consequência do bloqueio continental decretado em 1806 por Napoleão. Do ponto de vista educacional,nessa fase surgem os primeiros cursos de nível superior na colônia, mas esses cursos se limitavam aos de interesse da novíssima burocracia estatal que se hospedava em solo brasileiro. Nessa fase a vertente religiosa continuou a influenciar o cenário educacional, mas articulada as ideias laicas. Nesse período se delinea a vertente leiga da pedagogia tradicional brasileira. A noção de essência humana é substituída pela de natureza humana, numa ênfase a racionalidade e ao saber, objetivo das ciências. As características do desenvolvimento político econômico português impediam uma real penetração desses ideiais, baseados no iluminismo na organização escolar brasileira.

O Monopólio Jesuítico

A primeira fase jesuítica foi marcada pelo plano de instrução elaborada, O plano iniciou com o aprendizado do português (para os indígenas). Prosseguia com a doutrina cristã, a escola de ler e escrever e opcionalmente, canto ofeônico e música instrumental, e culminava de um lado, com o aprendizado profissional e agrícola, e de outro lado, com a gramática latina para aqueles que se destinavam a realização de estudos superiores na Europa.  Esse plano não deixava de conter uma preocupação realista, procurando levar em conta as condições especificas da colônia. Sua aplicação foi precária, tendo cedo encontrado oposição no interior da própria ordem jesuítica, sendo companhia de Jesus e consubstanciado pelo Ratio studiorum ou plano de estudos, o método pedagógico dos jesuítas, foi sistematizado a partir das experiências pedagógicas, que tiveram inicio no colégio de Messina.
A educação almejada pelo Ratio tinha como meta a formação do homem perfeito, do bom cristão e era centrada em um currículo de educação literária e humanista voltada para a elite colonial.
Em Portugal cabia aos jesuítas o direito exclusivo de ensinar latim e filosofia no colégio de artes, curso preparatório obrigatório para ingresso nas faculdades da universidade de Coimbra. Nos domínios de Portugal na Ásia havia sido a força dominante desde os primórdios da expansão portuguesa no oriente, sendo que alguns dos jesuítas chegaram a ser mortos no cumprimento da ação evangelizadora. A companhia de Jesus estava presente desse modo como fator de empecilho às reformas econômicas e educacionais de Pombal, o que explica, a primeira vista, a sua expulsão e proscrição.
 No Brasil os colégios jesuíticos ofereciam quase com exclusividade a educação secundária.




O século XIX e a educação nacional

O século XIX e a educação nacional



O século XX é representado pelo período de consolidação do poder da burguesia, persistia o contraste entre riqueza e pobreza o que era cruel nesse período, já que a carga horária da jornada de trabalho era de 14 a 16 horas, sua Mao de obra era principalmente infantil e feminina. Percebe-se que a revolução industrial mudou as condições e a exigência da formação humana, tirando dos trabalhadores a antiga instrução, forçando-os a se manter na ignorância. O trabalhador foi transformado em proletário, perdeu o direito de possuir bens, ferramentas de trabalho,nem mesmo o espaço para trabalhar poderiam possuir. No inicio do século XIX a classe trabalhadora passou a reagir, realizando manifestações. A burguesia então passou a necessitar de novas formas de controle social, a intenção era controlar os processos sociais que pudessem corresponder aos seus interesses.

O positivismo e a educação

O positivismo no século XIX ate XX, teve um papel importante como fator participativo no ensino e isso porque varias ciências deram sua contribuição para a analise de estudos na área pedagógica, dentre elas pode se destacar a psicologia e sociologia não se esquecendo de se fazer menção também a outras ciências, como a matemática, por exemplo. O positivismo passou a ser reestruturar a sociedade sem Deus nem rei, através de métodos científicos e da manifestaçao da fraternidade universal.
A presença do positivismo nas instituições de ensino, na luta contra a escola ligada ao clero, foi vista como algo que marcou o lançamento de novas ideias que serviram para contribuir no ensino leigo, na educação comandada pela igreja repassava somente conteúdos restritos afins de não tornar o individuo um descobridor de novos conceitos ligados as descobertas das ciências e assim sendo o aluno afastava-se das descobertas de métodos científicos servindo-se  apenas como depósitos de conteúdo religiosos beneficiando, dessa forma, tento a igreja como a classe elitizada, pois para alguns essas ideias positivistas iriam tornar os jovens pessoas pensantes e isso era algo inaceitável pelo clero.  O objetivo do positivismo pretendido por augusto comte e posteriormente por seus seguidores promover uma reforma intelectual da sociedade.
A reforma positiva do modo de pensar uma vez que a filosofia positiva era a única capaz de responder as exigências que o saber cientifico impunha a sociedade como um todo. Em complemento, rogel argumenta que na idade media a ´´igreja´´ detinha todos os poderes, garantia a obediência, controlava a vida intelectual e artistica´´. Dessa maneira, os jovens por não ter acesso a outros tipos de conhecimentos nas aulas, ficavam impedidos de explorar seus aspectos cognitivos e assim os impossibilitava de conhecer os métodos da ciência e colaborar com descobertas de conceitos científicos.
 O Positivismo pregou a cientifizaçao do pensamento e do estudo humano, visando obter resultados ligado ao que se acreditava ser o correto. Os seguidores desse movimento acreditavam num ideal de neutralidade, Para os positivistas o conhecimento se explicava por si mesmo, necessitando apenas recupera-lo e coloca-lo a mostra com o auxilio do empirismo. É notoril afirmar que essa corrente positivista estava relacionada com tudo o que fosse concreto dentro do estudo da ciência interligada ao campo filosófico. Negando qualquer relação com o teológico e metafísico.  Sendo assim o positivismo acreditasse somente no que fosse físico, e pudesse ser analisado.  O estudo das ciências dentro do processo escolar devia ser analisado separadamente dos processos pedagógicos, pois assim se teria um esclarecimento maior nas mudanças da influencia do positivismo no conceito do ensino.

As ideias socialistas e a educação

O socialismo foi desenvolvido no decorrer do século XIX, foram instauradas somente depois da revolução russa, pois foi o momento em que o governo monarquista foi excluído do poder. pregava uma sociedade igual e sem distinção foi um sistema que defendia a doutrina política econômica sua intenção era confrontar e acabar com o capitalismo e liberalismo, a ideia era extinguir a subordinação do trabalhador. Pondo fim a propriedade privada e a tomada do poder por parte do proletariado e estado.  Os principais aspectos do socialismo, Foram à socialização dos meios de produção, correspondia ao controle de todas as formas produtivas. Suposta eliminação de classes, ou seja, existia somente a classe trabalhadora, onde todos possuíam a mesma oportunidade. Economia planificada; setor de controle econômico controlados pelo estado, onde se determina valores a ser pago por tudo que ali entrasse.
O principal pensador Karl Marx, dizia que o socialismo era pra ser um regime político e economico em que propriedade privada e classe social não existissem para ele esse regime surgiu a partir do capitalismo e seus meios de produção, tendo seu controle desempenhado pelo proletário, assim como o estado, que posteriormente seria extinto, dando origem ao comunismo que corresponde a uma sociedade sem governo, policia, forças armadas entre outros, alem de não possuir classe sociais e economia de mercado. Após o declínio do socialismo, a parir de 1991 com a queda da união soviética, o sistema perdeu força no mundo, atualmente poucos países são socialistas, é o caso da china, Vietnã, coreia do norte e cuba.




A Escola Pública desde meados do século XIX até o século XX

A escola publica desde meados do século XIX ate o século de XX


A produção da instituição social como a escola pública, expressou o amadurecimento de uma necessidade social. Mas, não foi o suficiente para a sua realização imediata e o resultado dessa difusão só aconteceria depois de ações concretas, somente através dela seria possível à universalização.
Por sua vez, a sociedade capitalista do século XIX vendo as transformações econômicas acontecerem,tiveram  que se organizar e escolher  um espaço urbano onde pudessem humanizar-se, a escola por sua vez também, e não havendo alternativa  esse local deveria ser o mesmo.
A partir de então as escolas passaram a serem construídas com a intenção de buscar a luminosidade, higiene, liberdade, num espaço cultural que se uniformizasse a disciplina. A fraternidade e a saúde era a formula do projeto criado pela revolução. Os professores deveriam priorizar a formação de hábitos e disciplinas escolares, acreditavam que dessa maneira economizariam tempo e trabalho. 
A arquitetura também passou a serem diferenciados, de igrejas, templos, hospitais e prisões, justamente por causa do prestigio que o professor e as escolas haviam conquistado. A sociedade valorizava-os e via-os com bons olhos.
 A regulamentação do trabalho escolar trouxe êxito para o trabalho docente. A ideia de que tempo era dinheiro, tão necessária aos objetivos da burguesia, exigia que os operários aprendessem uma nova forma de viver. Agora, sobre um tempo limitado e ate mesmo cronometrado rigorosamente. Defendiam a ideia de que tempo e dinheiro. 
A partir do século XV, disseminou-se a formação de homens cultos e habilidosos na arte de negociar. A intenção mesmo era que o homem renascentista fosse preparado para o mundo dos negócios, formando-os em cidadãos cultos e diplomáticos acima de tudo.
A educação publica, durante o período renascentista era visto como privilegio apenas para a nobreza e o clero.  Com a formação da burguesia mercantil, uma nova educação passou a ser exigida. Que só seria possível com a introdução do ensino da geografia, aritmética, historia, e outros ensinos de conhecimento que só seriam possíveis a partir do momento que houvesse necessidade. A ideia era formar jovens capazes de enfrentar os desafios da época, preparando-os para o desenvolvimento do comercio. 
O liberalismo surgiu como uma forma inovadora no século XVIII, onde os princípios eram dar um rumo a estruturação e o desenvolvimento da sociedade. Essa relação passou cada vez mais identificar-se com a produção de mercadorias, visando à propriedade privada. A riqueza passou a ser vista como posse natural.  A sociedade capitalista baseou-se numa nova e inovadora forma para estabelecerem suas relações. A nova forma, levou ao poder a nova classe, a burguesia. Que estava cada vez mais interessada na economia e na política. A organização de uma nova forma social passava pela total reformulação do estado, o que eliminava os privilégios do clero e da nobreza.
Assim, a revolução francesa foi uma luta, na qual a burguesia se caracterizou como principal. Sua vitoria representou o aniquilamento da já ultrapassada sociedade. A burguesia passou a se amparar nos princípios da declaração dos direitos do homem e do cidadão, votada e aprovada no dia 26 de agosto de 1789, na frança foi o instrumento político onde se declarava os princípios fundamentais da nova sociedade e serviu de modelo de inspiração para todos os movimentos liberais que a partir dali existiriam. Garantir os direitos elementares do futuro cidadão numa sociedade democrática. A liberdade individual, a liberdade da palavra, a liberdade da consciência, a segurança e a resistência a opressa foram proclamados direitos naturais do cidadão. A burguesia declarou a inviolabilidade do direito de propriedade individual, opondo-se. Uma das marcas da revolução francesa, foi a frase ´´liberdade , igualdade e fraternidade´´. Portanto, o pensamento liberal expresso por um conjunto de ideias, e elaborados por franceses e ingleses passou a nortear a nova ordem social.
A função do governo era permitir e dar ferramentas para que cada individuo desenvolvesse seu talento e competisse com os outros. O principio da liberdade sempre estava relacionada com o individualismo, depois dela decorria a econômica e política. O principio da propriedade era outro elemento importante da doutrina liberal. A doutrina liberal repudiava os privilégios decorrentes do nascimento e defendia o trabalho e o talento como instrumentos essenciais de ascensão social e de aquisição de riquezas, ela defendia também a igualdade perante a lei, igualdade de direitos, igualdade civil e a democracia, cada principio era totalmente interligado um ao outro.  A educação escolar teve papel predominante na construção da sociedade moderna. Nesse momento histórico o homem tinha total acesso aos bens materiais e aos direitos políticos assegurados pela lei constitucional. Foi assim através dessa convivência democrática, que todos passaram a ter  o direito do voto livre, ou seja o direito de opinar em decisões importantes. É assim que se dá a construção do estado democrático. É a esta organização social e política que a escola cidadão irá servir na manutenção dos interesses e necessidades da ordem burguesa, sobretudo no século XX.


O Pensamento pedagógico iluminista


O Pensamento pedagógico iluminista




Século das luzes

O Pensamento pedagógico iluminista surgiu no século XVII e também ficou conhecido como século das luzes, fortaleceu-se com a revolução francesa, na época em que a busca pela liberdade individual era pertinente, contra a perseguição da igreja e a prepotência dos governantes.
No auge do iluminismo, Jean Jacques Rousseau, inaugurou uma nova era na história da educação. Ela se torna obrigatória, assim se fazendo escolas públicas filha da revolução burguesa, educação laica, gratuitamente oferecida pelo estado para todos, mais ainda elitista, pois só os mais capazes podiam prosseguir até a universidade.  A educação da época não deveria apenas instruir, mas permitir que a natureza desabrochasse na criança, sem repressões.
No século XVIII a burguesia desenvolveu um esforço maior para estabelecer o controle civil da educação através da instituição do ensino público nacional. Assim, com o crescimento da sociedade econômica o controle que a igreja obrigava sobre a educação e os governantes civis foram aos poucos perdendo forças.
O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia burguesa, a classe trabalhadora tinha o mínimo de educação, pois a burguesia ascendia sobre os ideiais de liberdade.
A liberdade para os burgueses consistia em estarem livres para a acumulação de riquezas, os intelectuais da época, cultivavam a noção de liberdade da essência do homem.
A pedagogia liberal e laica
Na educação fortalecia-se a tendência liberal e laica, ou seja,a intenção era torná-los bons trabalhadores, usando sua mão de obra ideia dos burgueses.

Em Portugal permanecia o absolutismo, ´´esclarecido``, onde o rei era absoluto com ajuda dos filósofos. Com esses iluministas veio a percepção que antes mercantilista, onde trocavam mercadorias, trouxeram o poder da moeda que com ela poderiam comprar mercadorias, ao invés de trocá-las, valendo mais. Junto com este movimento aparece a tão usada hoje, tecnologia.

A Origem da escola pública e os limites da universalização do ensino até o século XIX


A origem da escola pública e os limites da universalização do ensino até o século XIX









Na Europa em 1848, a burguesia se firma no poder. A economia tornou-se capitalista, a indústria é a é a atividade mais importante. Para aumentar seus lucros e acumular capitais, a economia se desenvolve e há necessidade de desenvolver o conhecimento cientifico e introduzir novas técnicas na agricultura. Por causa da expansão do comercio em busca de trabalho a população rural se desloca para as cidades, superpovoados as metrópoles.
O reflexo capitalista altera a economia e o modo de vida dos cidadãos e o setor da educação e o pensamento pedagógico. Com o avanço da industrialização houve a necessidade de um sistema educacional que atendesse a qualificação da mão de obra. 
O nascimento da escola pública é contextual ao da fábrica e comporta grandes mudanças na vida social dos indivíduos (manacorda 2002, pag. 249). Para disciplinar os filhos da classe trabalhadora o estado necessitou expandir a escola publica. Não era de interesse do estado oferecer instrução ao povo,mas era necessário devido a falta de mão de obra oferecendo uma educaçao elementar para o servo que passou a ser trabalhador e remunerado.
A escola é dividida em duas partes proletariado e burguesia, para o individuo viver nessa sociedade ele seria educado e instruído de acordo com a moral burguesa através da escola publica, obrigatória laica, universal e gratuita.





segunda-feira, 15 de junho de 2015

A origem da educação burguesa


A ascensão da burguesia e o humanismo

As mudanças sociais que ocorreram pouco antes do século XIV, e que se estabeleceram a partir dele, se mantiveram trazendo consigo todos os efeitos das transformações que ali surgiram.
Essa crise por sua vez afetou vários cenários importantes na época como a criação de novas técnicas de produção, a crise do feudalismo, formação dos estados modernos, nascente e capitalismo de uma burguesia ativa com crescente poder econômico, renascimento cultural, retorno as fontes da cultura grego-latina, reforma protestante e contra reforma católica, expansão marítima, manufaturas, declínio e desaparecimento da sociedade de ordens, centralização da vida do homem, e a afirmação de uma nova classe; a burguesia.  

O surgimento das manufaturas

As manufaturas se destacaram pela capacidade inovadora de trabalho. Contudo, A teologia passou a ser questionada e perdeu força.
A burguesia por sua vez, encontrou nessa situação uma nova maneira de se reinventar e criou a, ciência experimental como nova forma de conhecimento advinda.

A revolução humanista

O renascimento foi um movimento cultural e de grande importância, pois, ele apoiava e incentivava os direitos humanos, valorizando o homem e os seus interesses como cidadão. Os fatores que trouxeram grande influência foi o aperfeiçoamento da imprensa, o q possibilitou a impressão de clássicos.
A expansão marítima que contribuiu para a interação entre outras culturas. O mecenato, praticado por burgueses príncipes e ate papas, interessados em ganhar mais projeção.
O humanismo consistiu em um sistema individualista e limitado, pois não se pensava num todo, mas numa pequena parte da sociedade.
O período de descobertas acarretou em uma extensa capacidade de criação, o q trouxe consigo mudanças econômicas. O que culminou em ideias e ideais que a partir dali se expandiram.

Mudanças na educação

O desenvolvimento da sociedade moderna passou a se difundir a partir do momento em que o ensino deixou de ser privado e passou a ser coletivo, recebendo o nome de escola. Algo, interessante que acontecia na educação naquela época, era que tanto crianças como adultos, interagiam entre si em uma mesma classe escolar. Simplesmente, não existia uma organização onde houvesse a separação de aprendizagem.


Interesse pela problemática educativa

A formação do homem burguês constituiu-se através da educação renascentista, que se limitou apenas a alta burguesia da época, chegando ao clero.  Nesse mesmo período a cultura europeia manifestou uma demasiada preocupação em relação às crianças, fazendo com que uma dedicação ainda não vista, passasse a ser presente.

O protestantismo e a educação

O protestantismo se preocupava com a educação de todos, e isso incluía a educação da classe popular. Ele viu-se no dever de guia-los e de também orienta-los. influenciar a leitura da bíblia com o objetivo de manter a crença religiosa foi uma das maneiras encontradas. Já que a difusão da leitura permitia isso.
Lutero no auge da sua ambição tinha uma visão individualista e até mesmo presunçosa, pois via na educação uma fonte de renda, de riqueza. Lutero não tinha pudor em agir como achava ser o certo, tinha uma visão totalmente desumana, achava que pessoas deveriam ser tratadas sempre como devedores aprisionando-as e acorrentado-as a ele, limitando seus direitos como cidadão. Portanto quem era de classe inferior permanecia sendo excluído da educação e escravo de suas teorias grotescas.

Contra reforma católica

A contra reforma, ou reforma católica, foi a resposta que a igreja católica encontrou em meio a crescente onda do protestantismo, diante dos movimentos protestantes a igreja passou a punir quem se manifestava contra, com o objetivo de impedir que as ideias ganhassem mais força. Não tendo êxito a igreja católica reativou os tribunais da inquisição, que por sua vez já haviam sendo extintos. O foco principal era combater os supostos desvios de fiéis católicos e com isso extinguir a ideia de outras denominações religiosas. Soluções fragilizadas, nada disso resolveria o problema crônico que ali se instalava, pois a reforma protestante era embasada em algo além do que ali se discutia. Como a corrupção do alto clero que vendia objetos sagrados, relíquias,indulgências etc.
A igreja como forma de encontrar a organização interna, e definir sua doutrina. Realizou o concilio de Trento (1545-1563). Esse concilio por sua vez, foi movido por conflitos, desacordos e oposições, tendo respostas positivas, apenas depois de 18 anos, quando conseguiu trazer renovação e reforma. Estabeceu regras, fazendo com que existisse uma organização e disciplina dando nomes e destino a tudo e todos.

Companhia de Jesus e a educação

Criada por Ignácio Loyola em 1534. Os jesuítas se organizavam em uma disciplina quase que militar, contribuíam e apoiavam à posição da igreja católica em outros países, como meio de barrar o protestantismo, também exerceu um papel importante na educação dos filhos dos nobres daquela época, eles criaram escolas, com o objetivo de educar seus filhos,por outro lado excluía a classe popular, limitando os apenas ao saber do principio cristão.



Foram pessoas de confiança e também, instrutores das famílias reais, embora fossem controladores e intransigentes ainda assim se preocupavam em expandir a doutrina católica.

A educação do homem burguês

A burguesia foi um fator importante para o processo social ela caracterizava-se pela necessidade de qualificar, formar e preparar indivíduos para competir por uma vaga no mercado de trabalho.  Mas, havia contradições pertinentes em relação ao ensino pedagógico burguês, de um lado tinha a necessidade de instruir as massas levando-as no nível técnico de produção e do outro, o temor dessa mesma instrução prejudica-los no futuro. Com o passar do tempo à burguesia solucionou esse conflito de temor e ao mesmo tempo de interesse. Equilibrando com parcimônia, o ensino primário.
E então passaram a se comprometer a não interferir em nada além, do que se propôs defender.  
                                                                                                                                       












A educação do homem feudal


A educação do homem feudal







A formação do homem de fé

Com o declínio do trabalho escravo, houve as mudanças. Mas, alguns aspectos permaneceram, como a divisão de classes da sociedade feudal e principalmente os privilégios da alta hierárquia. Porém, a propriedade de terras permanecia sendo a principal foma de riqueza.
A sociedade era dividida em três, o clero, a nobreza, os camponeses e servos.
Os servos por sua vez, trabalhavam nas propriedades, plantando, colhendo, pescando, caçando e etc. Para conseguir sobreviver e ganhar proteção, além dos impostos que lhe eram atribuídos.
A igreja, detinha o poder das terras da Europa Ocidental, sendo imposto o celibato ao clérigo, fazendo com que as riquezas permanecessem dentro do clero. A igreja fundou a escola na idade média coma intenção de formar eclesiáticos, sendo os monges, praticamente os únicos alfabetizados,diferente da nobreza. Na idade média, acreditava-se que, a determinação da nobreza ou servidão, vinha de Deus. E também, não viam necessidade em ensinar as letras aos camponeses, acreditavam que formá-los, apenas em cristãos era o bastante. Lembrando, que para as mulheres também não existiam privilégios, nem benefícios.
A Patrística foi uma corrente presente no pensamento medieval que consistia na elaboração doutrinal das verdades da fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques do ´´pagaõs´´ e heresias. Já a Escolástica,surgiu da necessidade de responder ás exigências da fé, essas duas correntes educacionais filosóficas foram as duas formas de a igreja manipular, como quisesse seu poder dentro da sociedade, lembrando, que apesar de serem duas correntes que manipulavam, foram também as únicas formas de transmitir ao povo o saber, e desta forma passar para os dias de hoje os ensinamentos daquela época. Santo Agostinho foi o representante da patrística e desenvolveu uma abordagem original, a da filosofia e teologia. Acomodando uma variedade de métodos, e perspectivas de uma maneira, até então, desconhecida. Acreditando que a graça de cristo, era indispensável pra liberdade humana. formulou a doutrina do pecado original, contribuiu ao desenvolvimento da teoria da terra justa. Tomás de Aquino, foi declarado Santo pela igreja Católica, realizou uma releitura cristã, onde podemos notar que ele acreditava na independência da perspectiva racional na busca por respostas apropriadas,não rejeitando a fé com relação á razão, já que ambos vinham de Deus. Com a reestruturação do comércio juntamente com o desenvolvimento das cidades as bases feudais passaram a ser desvalorizadas, na medida em que houve o aumento dos produtos agrícolas. Os burgos se transmutaram em cidades, fazendo com que a cidade servisse de abrigo pra os servos que foram libertos, que a partir dali passaram a se dedicar ao comércio e também a se chamar burgueses.
Com a mudança econômica as escolas seculares surgiram, e o interesse e a necessidade do comércio em aprender a ler, escrever e calcular.

Origem das universidades

A burguesia citadina fez com que a igreja direcionasse o foco do seu ensino. Fazendo, com que escolas das catedrais, surgissem. Por sua vez, o ensino passou das mãos dos monges, para o clero secular. Contudo, a burguesia não aceitava e passou a exigir sua parte na instrução dos demais, fazendo assim, com que a escola catedralícia, não tivesse êxito no início. Pois, os encontros ali não passavam de reuniões a portas fechadas onde preservavam apenas o cultivo das ciências.

Crise do feudalismo

Por necessidade financeira, o Sr. Feudal não teve alternativa a não ser, se desfazer de seus bens, inclusive de seus privilégios. Viu-se obrigado a vender até mesmo sua liberdade.
A educação passou a ser usada pelos religiosos, como ferramenta para alcançar a salvação da alma do ser humano.


1º Período de Pedagogia. Discentes Gracilene Pinheiro e Ana Cláudia Assis

Educação Grega

Educação em uma sociedade de classes



Educação na Grécia

A partir do seculo VII, a.C com o aumento do rendimento do trabalho humano a economia comercial começou a suplantar a puramente agricola pouco, a pouco começou-se a produzir também com fins comerciais. sob o controle para o proveito das classes dominantes, o comercio foi confiado aos escravos e aos estrangeiros.
desligados do trabalho manual e do intercâmbio dos produtos, as classes superiores nessa época já eram improdutivas. ( Ponce pág. 37).







A educação em Atenas

Atenas foi considerado o berço da democracia, a educação ateniense tinha como objetivo principal a formação de homens em cidadãos completos, com preparo físico, psicológico e cultural, na escola estudavam música, artes plásticas, filosofia e etc. Já as mulheres menores de 18 e estrangeiros eram excluídos desses ensinamentos.
Em atenas havia um total desprezo pelo trabalho, Aristóteles não permitia o ensinamento, ou qualquer arte mecânica ou meio de trabalho aos jovens. 
Antes do surgimento da escrita a educação ficava a cargo dos preceptores em tempo integral. era quem os instruia e os informa nas mais diversas areas, somente a elite tinha acesso aos ensinamentos. a educação ficava a cargo das proprias familias dos menos abastados. 


A educação em Esparta 

A terra era privilégio de poucas famílias, a educação era militarizada, as crianças com problemas fisicos eram sacrificadas, e o individuo de 6 a 60 anos pertencia ao estado. 
De tempos em tempos os espartanos exerciam medo sobre os hilotas (escravos), e os executavam, a mulher era instruída a gerar filhos militares, gerenciava a  casa, praticava exércicios físicos e competia.


Educação Romana

A Educação Romana tinha como ponto de referencia o pensamento filosófico, sua instrução escolar visava sua formação técnica de carater prático, familiar e civil.  
Cabia a mãe a formação cultural da criança, e ao pai a formação moral, social. Até aos 7 anos os filhos eram responsabilidades da mãe, após isso os meninos passavam a ter o pai como responsável,e as meninas permaneciam com a mãe, para aprender os afazeres do lar. 
As escolas elementares eram responsáveis por ensinar a ler, escrever e calcular, funcionavam nas casas dos ricos ou eram alugadas. as escolas secundárias provinham de conhecimentos em geometria, astronômia e oratória. 
A cultura grega influenciou a educação em Roma, surgindo as escolas de retórica, considerada de nível superior, frequentada somente por aqueles que iriam seguir carreira politica, direito ou filosófia. As escolas técnicas eram direcionadas aos menos favorecidos, formava profissionais em diversas artes de ofício, ligados ao exercício e agricultura, e posteriormente ao artesanato. a educação era concentrada nas mãos das classes dominantes, tendo base educacional, sólida e voltada para a formação do pensamento filosófico e oratória, para o restante da população a educação era provida para a própria familia, e voltada para o próprio ofício. 









domingo, 14 de junho de 2015

Sociedades tribais

Sociedades tribais

A educação difusa

Nas sociedades tribais todos tinham acesso ao saber, o conhecimento e costumes eram passados de geração para geração oralmente. Por não ter a escola os ensinamentos eram práticos e orais dentro do cotidiano deles, as crianças aprendiam a partir de imitações dos adultos, das atividades diárias e rituais. Aprendiam a caçar, a pescar, a arte do pastoreio e agricultura.
As organizações dessas atividades eram divididas por sexo e idade, através desse tipo de educação as crianças e os adultos desenvolviam e aperfeiçoavam suas habilidades.





A importância da educaçao difusa é a possibilidade de uma sociedade homogenea, indivisivel e sem classes. pois não havia um dominador do conhecimento. 






1º Período de Pedagógia. Dicentes; Gracilene Pinheiro e Ana claudia Assis.



















O que é história? Para que serve a história? E qual sua importância?



O que é história?

A História é  a ciência que estuda cronologicamente os costumes e os acontecimentos dos nossos antepassados.

Para que  serve a história?

a historia serve para no instruir quanto aos passos da humanidade, nos identificando no tempo e movimento do espaço. idenficando nos processos de formação de uma civilização, compreender os processos de mudanças e permanência dos fenômenos políticos e culturais.

A importância da história da educação

Uma das principais funções da história da educação é compreender a lógica de múltiplas identidades, definindo memórias e tradições, pertencentes a filiações, crenças e solidariedades.